Casamento é mesmo um sonho para muita gente.

O amor está no ar. Mil planos conjuntos, objetivos.. esperança de construir um belo futuro juntos.

O clima de tanto amor e esperança nunca dá espaço para tratar de coisas objetivas e, absolutamente, necessárias para a vida a dois.

O casamento acontece quando duas pessoas se amam e estão dispostos a dividirem para o resto de suas vidas suas vidas. Mas é importante lembrar que ele é também um contrato entre duas partes, e melhor maneira de fazer um bom contrato é quando as partes envolvidas estão em harmonia e em condições de negociar.

Me lembro que quando eu e meu marido (na época ainda namorados) resolvemos fazer um contrato pré-nupcial chocamos boa parte dos familiares e amigos mais próximos.

Me recordo de ouvir recorrentemente que estávamos casando já pensando em uma separação.O que pareceu muito frio na época, se revelou, anos mais tarde (estamos casados há 11 anos) um bom negócio.

Na época tínhamos poucos bens, mas nossa decisão foi muito mais conceitual do que financeira. Um desses bens era um terreno que mais tarde se tornaria nossa casa. Queríamos deixar claro o que cada um tinha conquistado até ali (o terreno dele e um apartamento meu), para construímos uma vida amorosa e financeira juntos daquele ponto em diante.
Anos mais tarde, graças a esse contrato pré-nupcial, consegui trocar de apartamento usando meus recursos do FGTS, pois consegui provar que a casa em que moramos pertencia apenas ao meu marido e não a mim, como explicitava nosso contrato. Sem ele em um processo normal de solicitação de uso desses recursos não seria possível, pois nosso regime de casamento não permitiria. Consegui aproveitar um excelente negócio quase 10 anos depois!

Confesso que não se trata de uma discussão simples. Mas ela é necessária. Qualquer que seja o contrato ou o acordo, é sempre melhor que seja firmado em um momento de amor e não de disputa, no caso de um divórcio por exemplo.

Meu conselho, portanto, nesse primeiro post da série sobre relacionamentos e finanças é: discutam antes, nunca depois:

  • Entendam as condições financeiras de cada um;
  • Se for preciso, façam um acordo pré-nupcial;
  • Escolha com atenção o regime de casamento. Cada um deles tem um objetivo claro e certamente você será capaz de escolher aquele que atender melhor as necessidades do casal.

Assim você terá chances maiores de preservar seu patrimônio e seu casamento.

Valeu? Um beijo,

Ana

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