Neste mês de junho, tive um bate-papo com o Aquiles Mosca, lá no meu Instagram. Falamos sobre Comportamento Financeiro e como algumas situações influenciam nossas decisões financeiras.

A Live completa você pode assistir através do link a seguir:

https://www.instagram.com/tv/CA_ZjNfh6pU/?utm_source=ig_web_copy_link

Aqui tem um resumo desta conversa! Espero que gostem!

Pessoas que estão em situações de ansiedade têm a capacidade de tomar decisões financeiras comprometidas, pois têm muita dificuldade em fazer raciocínios completos, o que compromete a gestão financeira.

Nos países onde o nível de ansiedade é elevado, o índice de poupança é baixo. E a ansiedade impede o indivíduo de tomar medidas concretas para sair de uma situação financeira ruim.

A pandemia pela qual estamos passando é muito desafiadora neste sentido também. A instabilidade do momento gera ansiedade.

Muita gente está vulnerável, pois o número de pessoas que tem uma reserva financeira é muito baixo. Uma vulnerabilidade financeira e social. E quem não fica ansioso diante de uma situação financeira precária? Isso acaba contribuindo para más decisões financeiras.

A volatilidade do mercado, gera ansiedade, incerteza e insegurança até mesmo em quem tem uma reserva.

Mas ter uma reserva financeira gera um mecanismo de proteção em um cenário adverso, pois traz uma estabilidade psicológica maior e com isso tomamos melhores decisões. A reserva financeira tem um papel importante numa situação adversa: tranquilidade, o que mantém os níveis de ansiedade mais baixos, sem que prejudiquem as decisões financeiras.

A incerteza é a maior dificuldade da crise atual. A previsibilidade está comprometida. Quando vem a recuperação?

Já tivemos um impacto muito forte no resultado do PIB e ainda podemos sair da crise e voltar, pois, pode haver uma segunda onda de contágio.

A crise também é uma grande oportunidade para as pessoas assumirem a responsabilidade sobre suas vidas financeiras, buscar informações, fazer um planejamento financeiro.

Aproveitar o isolamento para conhecer e se educar mais financeiramente para sair melhor depois da crise.

Controlar nossas emoções é um exercício de humildade. Por sermos seres humanos temos vieses comportamentais e a grande maioria prejudica a situação financeira. Temos que buscar conhecer estas situações, estes vieses.

Neste estado de imprevisibilidade alguns vieses estão mais evidentes ou estamos mais suscetíveis à eles.

A representatividade que é a influência da informação recentemente recebida, o excesso de confiança, o movimento de manada, o risco de imprevisibilidade e a ancoragem.

Nas decisões que precisamos tomar rapidamente, nos momentos de estresse, seremos mais influenciados e os vieses falarão mais alto.

As decisões pensadas, onde você tem mais dados, mais informações, tendem a ser menos influenciadas.

Tem o emolduramento (frame) também. A forma como recebemos a informação influencia nossa capacidade de julgamento e avaliação. O emolduramento acontece a todo instante. Comunicação é muito importante e interfere no nosso processo de decisão.

Nas fraudes financeiras são utilizadas uma série de vieses. Fraudadores criam a percepção de escassez, de pressa, de exclusividade.

Nos investimentos a pior situação é quando você começa a torcer. Sinal de que a coisa está errada. Você tem que agir como investidor e não como torcedor. Se apegue aos fundamentos.

Hoje temos mais informação, muitos canais, mas no fundo pouca gente está afim de se empenhar. Pois não é fácil, tem que estudar e dedicar um tempo, mas as pessoas estão se sentindo impelidas a buscar.

É preciso buscar formação para saber que informação buscar.

Para sentir os benefícios de cuidar da sua vida financeira é preciso estabelecer objetivos tangíveis, mas desafiadores.

É importante ver a evolução ao longo do tempo. Objetivos curtos, outros médios e outros de longo prazo.

Um planejador financeiro ajuda a transformar o que é chato e difícil em algo instigante. É um trabalho de terapia. Uma forma de se conhecer melhor e atingir o que você almeja.

O planejador tem um papel fundamental. É uma tendência irreversível.

O brasileiro é muito consumista. Consumimos mais e poupamos menos.

Consumimos muitos bens posicionais, bens que exibimos. Muitas pessoas entram em endividamento e perdem o controle.

Tem que ser feito um trabalho de repensar e a crise pode ser importante para isso.

Nesta crise os investidores estão mais resilientes. Ainda tem um longo caminho, mas é uma diferença que veio para ficar.

 

Inscreva-se no meu blog

Acesse, em primeira mão, nossos principais posts diretamente em seu e-mail.