A normalização do erro não o faz virar acerto

Palavras inventadas muitas vezes aparecem travestidas de sofisticação. São erros disfarçados de erudição, que convencem os mais desatentos. O paralelo com alguns produtos financeiros é inevitável: nomes técnicos, termos dialéticos, promessas elegantes, mas pouco realistas. Nem tudo que soa complexo é inteligente ou adequado para você.

Português era a minha matéria preferida na escola. Curtia essa coisa de estudar a gramática, apesar de seu desdobramento infinito e de difícil memorização. Mas a língua portuguesa é ingrata. Até mesmo para nós, nativos, falar um bom e correto português nem sempre é uma tarefa fácil. Nenhum de nós fala um português 100%.

Sempre cometemos um deslize em alguma concordância, usamos palavras com pronúncia duvidosa, mas entendível ou erramos feio mesmo. Até para os mais estudiosos os erros são inevitáveis. Eles são proporcionais à riqueza da nossa língua. Alguns deles fazem parte do dia a dia, do cotidiano. Mas quando cometidos com frequência, comprometem a integridade de quem os comete e, muitas vezes, deixam sequelas na reputação. Como já deve ter percebido, essa é a analogia do dia: os erros do português e os erros financeiros têm muito em comum.

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