Tem muita gente que faz, literalmente, um colchão financeiro
O ‘guardar o dinheiro embaixo do colchão’ é um ato real praticado por 3% dos brasileiros. Foi o que apontou a nova edição do Raio-X do Investidor feita pela Anbima em parceria com o DataFolha. A pesquisa mostra também que mais da metade dos brasileiros (57%) não conhecem produtos financeiros.
A língua portuguesa prega peças. É tão rica que dá forte margem para interpretações. Tempos atrás, uma pesquisa qualitativa feita pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) mostrou que guardar, juntar, investir e aplicar o dinheiro têm significados bem distintos a depender do repertório e autopercepção das pessoas.
Quando perguntadas sobre onde guardam o dinheiro, algumas delas associaram a um ato físico, como colocar o dinheiro em uma gaveta, na carteira. Já o juntar é a forma de acumular certa quantia para que essa possa ser aplicada em um banco ou investida em qualquer coisa, como em uma máquina de lavar nova, a reforma da casa ou uma viagem com a família. A conclusão da época é que, no bom português, quando nos referimos a investimentos financeiros, fica mais eficiente dizer “junte dinheiro e aplique no banco” e não “guarde dinheiro e faça um investimento”.