Décimo terceiro: um direito, uma gratificação ou uma mera compensação

Para esse ano são esperados cerca de R$ 291 bilhões a mais de dinheiro circulando. Isso equivale a 2,7% do PIB. Como queira chamar, o 13º salário gera emprego, ajuda muita gente a se livrar das dívidas e dá aquele up na ceia de Natal.

Décimo terceiro. Faz quase três anos que não sei mais o que é isso. Por 35 anos ele dava o ar da graça e ajudava a fazer o meu dezembro um tanto mais farto. Ele já serviu para pagar contas atrasadas, quitar dívidas no cartão de crédito (que fizeram parte da minha vida em algum momento do passado), comprar a ceia de Natal em tempos de orçamento apertadíssimo, comprar presentes para os parentes e, claro, para investir. Acho que ele serve para isso tudo mesmo. O destino desse caraminguá a mais vai depender da saúde e do sossego financeiro de cada um. Mas será que o 13º é um direito, uma gratificação ou uma compensação?

A criação desse abono Natalino – como se referiam a ele na época – foi proposta pelo deputado Aarão Steinbruch (PTB-RJ), em 1959, mas foi aprovado pelo Senado apenas anos mais tarde, em 27 de junho de 1962 e sancionado pelo presidente João Goulart em 13 de julho daquele ano. Com essa Lei, todo empregado passaria a ter direito a uma gratificação de fim de ano equivalente a 1/12 avos do salário de dezembro para cada mês trabalhado. * Nesse contexto, o 13º foi considerado uma enorme conquista para a classe trabalhadora, dado que ampliaria os direitos daqueles com carteira assinada, aposentados, pensionistas e servidores público

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